O pré-candidato Padre Eraldo causou surpresa ao anunciar o adiamento da convenção partidária, após já ter realizado o evento de forma discreta. O adiamento foi anunciado em um vídeo, no qual Eraldo sugere que está sendo alvo de uma tentativa de impedir sua candidatura, elevando o tom de suas acusações de perseguição política.

A situação de Padre Eraldo remonta a 2020, quando a Polícia Civil prendeu oito pessoas em flagrante por envolvimento em práticas ilícitas eleitorais. Entre os materiais apreendidos estavam santinhos com fotos de candidatos, incluindo Padre Eraldo e Lau da Barragem, que formavam a chapa majoritária com Geraldo Xavier. A investigação levou à abertura de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), resultando na condenação de todos os envolvidos, incluindo Padre Eraldo e Lau da Barragem.

Embora ambos tenham apresentado embargos de declaração, alegando erros na decisão judicial, seus recursos foram rejeitados, mantendo a inelegibilidade e a perda de mandato. Padre Eraldo agora pode tentar um recurso especial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas as chances de sucesso são consideradas baixas. Se o recurso for aceito, o processo poderá se estender por mais de um mês, e a candidatura de Eraldo poderá ser eventualmente impugnada ou julgada. Caso o registro seja indeferido, ele ainda terá a opção de substituir seu nome cinco dias antes da eleição.

Apesar das complicações legais, Padre Eraldo continua a alegar perseguição política, omitindo detalhes cruciais e confundindo o público sobre o processo eleitoral e suas implicações.