Presidene da Rússa Vladiemir Putim ameaça Ucrânia com ataques nuclear

Revisão sugerida pelo presidente russo pode impactar diretamente o conflito na Ucrânia e escalar tensões com potências nucleares ocidentais

Foto: Pavel Bednyakov/POOL/TASS


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na última quarta-feira (25) a proposta de alterações na doutrina nuclear do país, que podem influenciar significativamente a postura de Moscou em relação ao conflito na Ucrânia. A nova diretriz estabelece que qualquer nação nuclear que apoiar um ataque contra a Rússia será considerada parte de uma agressão conjunta, o que poderia justificar uma resposta nuclear.

 

 

Em uma reunião transmitida pela televisão com o Conselho de Segurança Nacional da Rússia, Putin detalhou as mudanças, afirmando que a versão revisada da doutrina incluirá critérios mais claros para a utilização de armas nucleares. De acordo com o presidente, um ataque por uma nação não nuclear, apoiada por uma potência nuclear, será tratado como uma ação conjunta contra a Rússia, o que pode abrir caminho para uma retaliação.

 

Putin ressaltou que as mudanças são uma resposta ao cenário político e militar global em constante transformação, citando o surgimento de novas ameaças e riscos para o país e seus aliados. O presidente destacou que as alterações também cobrem ataques aéreos em larga escala, envolvendo aviões estratégicos, mísseis de cruzeiro, drones e outras tecnologias avançadas. Essa revisão pode afetar diretamente a Ucrânia, que recebe apoio militar de nações como os Estados Unidos.

 

A doutrina russa atual já prevê o uso de armas nucleares em caso de ataque com armas de destruição em massa ou em situações em que a integridade do Estado esteja em risco. No entanto, as mudanças propostas por Putin ampliam essas condições, incluindo a defesa de aliados próximos, como a Bielorrússia, e em casos de agressão com armas convencionais que representem uma ameaça crítica à soberania russa.