Por Jasper Ward
WASHINGTON (Reuters) – O governo dos Estados Unidos realizou a apreensão do M/T Skipper na costa da Venezuela na quarta-feira, no momento em que um mandado assinado por um juiz estava prestes a expirar, de acordo com o documento que foi aberto na sexta-feira.
O mandado, que foi assinado pela juíza magistrada dos EUA Zia Faruqui em 26 de novembro, deu à administração Trump até 10 de dezembro de 2025 para apreender o navio. A apreensão é a primeira de uma carga de petróleo venezuelana em meio às sanções dos EUA que estão em vigor desde 2019.
O Skipper deixou o principal porto petrolífero da Venezuela, Jose, entre 4 e 5 de dezembro, depois de carregar cerca de 1,8 milhão de barris de petróleo pesado Merey da Venezuela.
A administração Trump disse que o M/T Skipper foi usado para transportar petróleo sancionado da Venezuela e do Irã.
“A apreensão deste navio destaca nossos esforços bem-sucedidos para impor custos aos governos da Venezuela e do Irã”, disse o diretor do FBI, Kash Patel, em comunicado na sexta-feira.
Fontes disseram à Reuters que os EUA estão se preparando para interceptar mais navios que transportam petróleo venezuelano.
Apesar da abertura do mandado, a declaração que o acompanha permaneceu redigida. Faruqui disse que outros documentos do caso permanecerão sigilosos temporariamente.
A apreensão do navio esta semana, condenada pelo governo venezuelano, foi a mais recente escalada nas crescentes tensões entre Washington e Caracas.
Nos últimos meses, os EUA realizaram vários ataques contra supostos navios de tráfico de drogas na região – uma medida que foi condenada por legisladores e especialistas jurídicos dos EUA.
O presidente Donald Trump tem repetidamente sugerido a possibilidade de uma intervenção militar dos EUA na Venezuela, à medida que os EUA continuam a aumentar as suas forças militares dentro e em torno do sul das Caraíbas.
(Reportagem de Jasper Ward; edição de Diane Craft)