Durante uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (20), o presidente russo Vladimir Putin fez uma ameaça direta à Coreia do Sul, em resposta à possibilidade de Seul considerar o fornecimento de armas à Ucrânia. A ameaça veio logo após a assinatura de um pacto de defesa mútua entre Rússia e Coreia do Norte na quarta-feira (19).

"Se a Coreia do Sul fornecer armas à Ucrânia, não gostará da resposta. Espero que não o façam, seria um grande erro", declarou Putin durante sua visita de Estado ao Vietnã, onde busca fortalecer a cooperação estratégica com o país comunista.

Putin recentemente reforçou os laços com Pyongyang em sua primeira visita à Coreia do Norte em mais de duas décadas, garantindo apoio ao Kremlin durante a invasão da Ucrânia. Apesar de descrever o tratado de defesa como "defensivo", o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol criticou o acordo, chamando-o de "absurdo".

Até o momento, a Coreia do Sul tem apoiado Kiev apenas com assistência não letal, devido às restrições de sua Lei do Comércio Externo, que proíbe a exportação de armas para fins não pacíficos. Contudo, munições sul-coreanas têm sido registradas na Ucrânia, indiretamente por meio de países terceiros como os EUA, em uma possível mudança de política significativa para Seul.