Os principais nomes da política alagoana, Arthur Lira (PP-AL) e Renan Calheiros (MDB-AL), estarão de fora da polarização entre PT e PL pela prefeitura de Maceió nas próximas eleições. Lira não conseguiu indicar o vice na chapa de João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, enquanto Renan não atraiu o PT para a campanha do MDB.

Ambos os políticos estão concentrados em ampliar o número de municípios aliados para as eleições de 2026, quando devem concorrer ao Senado. Lira busca conter danos após JHC escolher o senador Rodrigo Cunha (Podemos) como vice. Caso seja reeleito, JHC poderá aspirar ao governo de Alagoas em 2026, deixando a prefeitura para seu vice, o que garantiria à família Caldas uma cadeira no Senado com Eudócia Caldas, mãe de JHC.

Além de não indicar o vice na chapa de JHC, Lira pode ver seus planos prejudicados se o prefeito concorrer ao Senado em 2026. Uma opção para Lira seria apoiar a reeleição de JHC, mesmo sem indicar o vice, para evitar disputas pela vaga ao Senado.

Renan Calheiros observa pesquisas que indicam uma possível vitória de JHC no primeiro turno, mas enfrenta resistência do PT para uma aliança. Renan planejava lançar Rafael Brito como candidato, com um petista como vice, visando nacionalizar o debate e unir forças contra JHC, frequentemente associado ao presidente Bolsonaro. Contudo, o PT decidiu formalizar uma chapa própria, com Ricardo Barbosa e Eliane Silva (PSOL).

Faltando menos de um mês para a convenção do MDB, os petistas já formalizaram a chapa com Ricardo Barbosa e Eliane Silva (PSOL), incluindo também PCdoB, PV e Rede. As resistências no PT derivam da crença de que apenas um candidato petista poderia se opor efetivamente ao grupo de Bolsonaro e Lira. Governistas esperam que Barbosa possa aumentar sua popularidade com o apoio do ex-presidente Lula.