A partir desta segunda-feira, 1º de julho, as tarifas de energia elétrica estarão sob a bandeira amarela, acarretando um custo adicional na conta de luz dos consumidores. A taxa extra será de R$ 1,88 a cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos durante todo o mês de julho.

A mudança representa um impacto não apenas no bolso dos consumidores, mas também tende a influenciar o índice de inflação deste período. A decisão foi anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), encerrando um ciclo de mais de 2 anos de vigência da bandeira verde.

Segundo a Aneel, as condições para geração de energia estão menos favoráveis devido à previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano, cerca de 50% menos do esperado, e ao aumento previsto no consumo de energia no mesmo período. Por isso, será necessário acionar usinas termelétricas, que têm um custo mais elevado.

O período sem custo adicional, sob a bandeira verde, perdurou por 26 meses, de abril de 2022 a junho de 2024, graças às condições favoráveis de geração de energia no país. Criado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias visa sinalizar o custo real da energia gerada, incentivando os consumidores a um uso consciente da energia elétrica.

O acionamento das bandeiras tarifárias, que podem ser verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2), depende principalmente do risco hidrológico e do preço da energia, indicando se haverá acréscimo ou redução no custo da energia conforme as condições de geração.