CCJ do Senado aprova regulamentação de jogos de azar com resistência da bancada evangélica

Projeto de Lei avança apesar das críticas sobre impactos sociais e econômicos

Por Da Redação com O fuxico Gospel 03/07/2024 - 14:35 hs
Foto: Reprodução


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou por uma margem apertada de votos (14 a favor e 12 contrários) o Projeto de Lei 2.232/22, que visa regulamentar cassinos, bingos e outros jogos no Brasil. A decisão enfrentou forte oposição da bancada evangélica, cuja resistência promete se intensificar durante a votação no plenário.

 

 

Líderes evangélicos, como o Pastor Silas Malafaia, expressaram preocupações com os possíveis impactos negativos da legalização dos jogos de azar. Malafaia argumentou que, sem a mobilização da bancada evangélica, a votação na CCJ poderia ter sido mais favorável à aprovação. Ele destacou a importância da união para barrar a regulamentação.

 

O senador evangélico Magno Malta liderou a oposição ao projeto, criticando severamente a aprovação e classificando-a como uma "insanidade incalculável". Malta alertou sobre os riscos de aumento do vício em jogos, lavagem de dinheiro e associação com o crime organizado, argumentos centrais contra a regulamentação defendida pela bancada evangélica.

 

 

Por outro lado, defensores da proposta, como o relator do projeto, senador Irajá, argumentam que a regulamentação permitiria um controle estatal mais eficiente sobre os jogos, reduzindo a clandestinidade e aumentando a arrecadação de impostos. Irajá comparou o Brasil a outros países do G20, onde os jogos de azar são regulados com benefícios econômicos evidentes.

 

A bancada evangélica baseia sua resistência na defesa de valores morais e na proteção da sociedade contra os potenciais danos associados aos jogos de azar. Eles afirmam que a regulamentação não mitigaria os riscos e representaria uma ameaça significativa para a integridade social e econômica do país.

 

Agora, a discussão avança para o plenário do Senado, onde a bancada evangélica promete continuar lutando contra a regulamentação dos jogos de azar, buscando impedir o avanço do projeto e defendendo suas convicções sobre o tema.