Petrobras anuncia aumento nos preços da gasolina e do gás de cozinha

Reajustes entram em vigor nesta terça-feira (9) devido à alta do petróleo e desvalorização do real

Por Da Redação com Folhapress 08/07/2024 - 13:37 hs
Foto: Ilustração/ Internet


A Petrobras informou nesta segunda-feira (8) que irá aumentar os preços da gasolina e do gás de botijão em resposta às recentes elevações nas cotações internacionais do petróleo e à desvalorização do câmbio. Os novos valores passam a valer a partir de amanhã (9).

 

 

O preço médio da gasolina nas refinarias da estatal será ajustado em R$ 0,20 por litro, alcançando R$ 3,01 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro nos produtos comercializados nos postos, o impacto estimado no preço final é de R$ 0,15 por litro.

 

Esse reajuste aumenta a pressão sobre as expectativas de inflação no Brasil, que têm apresentado tendência de alta nas projeções do IPCA de 2024, conforme indicam economistas consultados pelo Boletim Focus. Esta é a nona semana consecutiva de elevação nas estimativas.

 

Este é o primeiro ajuste nos preços da gasolina pela estatal desde outubro de 2023, quando a Petrobras já enfrentava uma significativa defasagem devido ao aumento dos preços internacionais do petróleo e à desvalorização do real em relação ao dólar.

 

 

Na abertura do mercado hoje, por exemplo, o preço médio da gasolina nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,59 por litro abaixo do índice de defasagem calculado pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).

 

A ausência de ajustes nos preços vinha sendo criticada por importadores e refinadores privados no Brasil, que alegavam estar em desvantagem competitiva devido aos preços praticados abaixo do mercado.

 

De acordo com comunicado divulgado pela Petrobras, o preço do GLP (gás liquefeito de petróleo, conhecido como gás de botijão) será elevado em R$ 3,10 por botijão de 13 quilos. Este é o primeiro reajuste do produto desde julho de 2023.

 

A Petrobras defende que sua estratégia comercial, implementada a partir de maio de 2023 para atender ao compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "abrasileirar" os preços, busca evitar repasses das volatilidades do mercado internacional para os preços internos dos combustíveis no país.