Ucrânia e Rússia realizam nova troca de prisioneiros de guerra

Evento marca a 54ª troca desde o início da invasão russa em 2022; mediação dos Emirados Árabes Unidos

Por Da Redação com Gazeta Brasil 18/07/2024 - 10:00 hs
Foto: Divulgação/@ZelenskyyUa


Ucrânia e Rússia concluíram uma troca de 95 prisioneiros de guerra de cada lado, anunciada por autoridades dos dois países nesta quarta-feira (17). Este evento ocorre três semanas após a última troca, refletindo acordos esporádicos para repatriar tropas capturadas. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o Ministério da Defesa russo confirmaram a operação.

 

 

Segundo Zelensky, os Emirados Árabes Unidos mediaram novamente os acordos, aproveitando suas relações amistosas tanto com Moscou quanto com Kiev. Fotos divulgadas pelo presidente ucraniano mostram soldados, muitos deles magros e com cabeças raspadas, envoltos em bandeiras nacionais em uma cerimônia ao ar livre.

 

Entre os libertados ucranianos, alguns estavam em cativeiro por mais de dois anos, capturados em Mariupol durante a ofensiva inicial russa na região de Kiev e em batalhas no leste de Luhansk, conforme informou o Quartel-General de Coordenação para Prisioneiros de Guerra da Ucrânia.

 

 

Desde o início da guerra, mais de 3.400 pessoas, incluindo civis e militares, retornaram do cativeiro russo, segundo relatórios. Os soldados russos libertados serão transportados para Moscou, onde receberão tratamento médico e reabilitação, conforme anunciado pelo Ministério da Defesa da Rússia.

 

A ONU relata que a maioria dos prisioneiros de guerra ucranianos enfrenta condições severas de detenção, incluindo negligência médica e maus-tratos sistemáticos, enquanto há relatos isolados de abusos contra soldados russos durante o período de captura ou transporte para instalações de detenção.

 

Em janeiro passado, Rússia e Ucrânia realizaram a maior troca de prisioneiros desde o início do conflito, envolvendo centenas de detidos.