Grupos Palestinos assinam declaração de unidade em Pequim

Facções rivais e organizações controversas concordam em encerrar divisões em encontro histórico na China

Por Da Redação com Gazeta Brasil 23/07/2024 - 10:25 hs
Foto: Ilustração/ Internet


Vários grupos palestinos, incluindo facções rivais e organizações consideradas terroristas, uniram forças hoje em Pequim ao assinarem a Declaração de Pequim. O acordo histórico visa fortalecer a unidade palestina após anos de divisões intensas. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês anunciou a conclusão da cerimônia, que encerrou três dias de intensos diálogos entre os dias 21 e 23 de julho.

 

 

Hamas e Fatah, inimigos desde 2007, estiveram entre os signatários, juntamente com outras 12 facções políticas, em um esforço liderado pelo ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi. Enquanto isso, mediadores internacionais continuam a buscar um cessar-fogo em Gaza, onde o Hamas domina, após um conflito prolongado com Israel iniciado em outubro passado.

 

"Hoje, mais do que nunca, é crucial para nós palestinos formar um governo de unidade nacional que possa guiar nosso povo comum em tempos difíceis", afirmou Husam Badran, alto funcionário do Hamas, destacando a importância do acordo. Desde o início do conflito, líderes do Hamas expressaram desejo por um governo de tecnocratas, preparando o terreno para eleições na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

 

 

O governo dos EUA e outras potências globais veem na união dos palestinos uma oportunidade para renovar a Autoridade Palestina e estabilizar Gaza pós-conflito. Enquanto isso, a Jihad Islâmica Palestina, aliada do Hamas, reiterou sua posição de não reconhecer Israel, desafiando os termos estabelecidos pela Organização para a Libertação da Palestina.

 

Este acordo marca um possível ponto de virada em décadas de divisões internas entre os palestinos, prometendo um futuro mais unificado e resiliente para seu povo sob circunstâncias desafiadoras.