Presidente do Ibama afirma que queimadas no Brasil são causadas por ações humanas

Rodrigo Agostinho destaca que, apesar de 100% dos focos de incêndio serem humanos, não há provas definitivas de intenção criminosa; governo federal intensifica combate aos incêndios

Por Da Redação com Gazeta Brasil 27/08/2024 - 09:50 hs
Foto: Marcelo Camargo


Na última segunda, (26), o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, declarou que todos os focos de queimadas florestais no Brasil têm origem em ações humanas. No entanto, ele enfatizou que ainda não é possível confirmar se essas ações são fruto de uma coordenação criminosa.

 

 

Agostinho fez essas declarações após uma reunião na Casa Civil, no Palácio do Planalto, onde foram discutidas as estratégias do governo federal para enfrentar os incêndios. Ele esclareceu que, apesar de todas as queimadas serem atribuídas a atividades humanas, não necessariamente representam intenção criminosa. “Em alguns casos, pode ser descuido. Em outros, um acidente. Mas 100% do fogo no Brasil tem ação humana, sem sombra de dúvida”, afirmou.

 

Embora ainda não haja evidências concretas de uma ação criminosa organizada, Agostinho mencionou que a situação é "bastante suspeita" em alguns estados. Ele observou que, em certas regiões, os focos de incêndio surgem de maneira uniforme ao longo de estradas, o que levanta questões sobre a possível intencionalidade dos incêndios. “Em alguns lugares, o fogo é colocado em momentos de difícil controle”, acrescentou.

 

 

O Brasil enfrenta uma grave crise ambiental, particularmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde a combinação de estiagem, baixa umidade do ar e incêndios florestais criou uma situação crítica. No domingo, 25, a fumaça dos incêndios se espalhou por cidades do interior de São Paulo e chegou a cobrir a capital federal, Brasília.

 

Diante da gravidade da situação, Agostinho destacou que o governo federal está mobilizando um número recorde de brigadistas. “Estamos vivendo momentos extremos e enfrentando situações críticas. No Pantanal, temos 800 pessoas e na Amazônia, 1.400 brigadistas”, concluiu.