Criação de empregos formais cai em Julho após alta em Junho por todo Brasil

Apesar da queda, mercado de trabalho mostra crescimento anual e regional; ministro do Trabalho critica possível aumento da Selic

Por Da Redação com Agência Brasil 28/08/2024 - 17:41 hs
Foto: Marcelo casal Jr


Em julho, a criação de empregos formais no Brasil recuou, com a abertura de 188.021 novas vagas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. O indicador, que reflete a diferença entre contratações e demissões, marcou uma queda em relação ao mês anterior, mas ainda representa um aumento de 32,3% em comparação a julho do ano passado.

 

 

Nos primeiros sete meses de 2024, foram criados 1.492.214 postos de trabalho, um crescimento de 27,2% em relação ao mesmo período de 2023. Esse resultado é o melhor desde 2021. No entanto, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, expressou preocupação com a possibilidade de aumento da Taxa Selic, que, segundo ele, poderia afetar negativamente os investimentos e o mercado de trabalho.

 

Em termos setoriais, todos os cinco segmentos analisados registraram crescimento no emprego. Os serviços lideraram com 79.167 novas vagas, seguidos pela indústria com 49.471 postos e o comércio com 33.003 novas oportunidades. A construção civil e a agropecuária também contribuíram para o saldo positivo, com 19.694 e 6.688 vagas criadas, respectivamente.

 

 

Regionalmente, o Sudeste foi a região com maior criação de empregos, com 82.549 novas vagas, seguido pelo Nordeste e Sul. Apenas o Espírito Santo registrou saldo negativo em vagas. O Rio Grande do Sul, que havia enfrentado sérias enchentes, viu a abertura de 6.690 vagas em julho, o primeiro saldo positivo desde abril.

 

O ministro Marinho ressaltou que a criação de empregos no Rio Grande do Sul reflete os investimentos federais na reconstrução do estado, avaliando a recuperação como uma “surpresa positiva”.