EUA e mais oito países latino-americanos condenam prisão de líder opositor venezoelano

Brian Nichols critica o regime de Maduro por reprimir Edmundo González Urrutia; Ordem de prisão gera condenação internacional

Por Da Redação com Gazeta Brasil 04/09/2024 - 09:38 hs
Foto: Divulgação


O subsecretário de Estado dos Estados Unidos para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian A. Nichols, denunciou a ordem de prisão emitida pelo regime de Nicolás Maduro contra o líder opositor Edmundo González Urrutia. A ordem foi emitida após González, que participou das controversas eleições presidenciais de 28 de julho, ser acusado de vários crimes pelo procurador venezuelano Luis Ernesto Dueñez Reyes.

 

 

Nichols acusou Maduro de tentar suprimir a oposição em vez de reconhecer a derrota eleitoral e preparar uma transição pacífica. Ele destacou que González tem promovido a reconciliação nacional e classificou a ordem de prisão como "injustificada". A crítica de Nichols se soma a uma condenação mais ampla, com oito países latino-americanos – Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai – emitindo um comunicado conjunto rejeitando a ordem de prisão. Esses países afirmaram que a ordem é uma tentativa de silenciar González e desconsiderar a vontade popular, caracterizando a medida como perseguição política.

 

A ordem de prisão contra González Urrutia foi expedida por um tribunal especializado em crimes relacionados ao terrorismo, que processou rapidamente o pedido após González ignorar três convocações anteriores. O líder opositor e a Plataforma Unitária Democrática (PUD) alegam que o regime venezuelano está usando o processo como uma ferramenta de repressão, especialmente após alegações de fraude nas eleições.

 

A administração do presidente Joe Biden e outros membros da comunidade internacional expressaram preocupação com a intensificação da crise política e da repressão na Venezuela, enfatizando que ações como essa agravam ainda mais a situação no país.