Estados Unidos formalizam acusações contra líder do Hamas e outros militares por ataque a Israel

Yahya Sinwar e aliados enfrentam acusações de terrorismo e conspiração; processo ocorre enquanto esforços de cessar-fogo são intensificados

Por Da Redação com Gazeta Brasil 04/09/2024 - 09:43 hs
Foto: @IranObserver0


O Departamento de Justiça dos Estados Unidos formalizou na última terça-feira (3) acusações criminais contra Yahya Sinwar, líder do Hamas, e outros militantes de alto escalão em resposta ao ataque devastador de 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de centenas de israelenses. Esta é a primeira ação oficial dos EUA visando responsabilizar os responsáveis pelo ataque.

 

 

A queixa criminal, que foi apresentada no tribunal federal de Nova York, contém sete acusações, incluindo conspiração para fornecer suporte material a uma organização terrorista estrangeira, conspiração para assassinar cidadãos americanos e conspiração para utilizar armas de destruição em massa. Além de Sinwar e do Hamas, as acusações também se estendem ao Irã e ao Hezbollah, por seu papel em fornecer apoio financeiro e armamentista.

 

Originalmente mantida em sigilo desde fevereiro, a queixa foi tornada pública após a morte de Ismail Haniyeh, ex-líder do Hamas, em julho e mudanças no cenário regional que diminuíram a necessidade de confidencialidade, conforme o Departamento de Justiça.

 

 

Este movimento ocorre em um momento crítico, com a Casa Branca mediando esforços para um novo cessar-fogo e um acordo de troca de reféns entre Israel e o Hamas, tentando encerrar o conflito que dura quase 11 meses em Gaza. Sinwar, que assumiu a liderança do Hamas após a morte de Haniyeh, é atualmente o principal alvo de Israel e acredita-se que esteja escondido em túneis sob Gaza. Ele já foi prisioneiro em Israel, e sua situação pode ser um ponto de negociação em futuras discussões de cessar-fogo.

 

O ataque de 7 de outubro, liderado pelo Hamas sob Sinwar, foi um dos mais mortais em Israel, com militantes invadindo cidades e vilarejos próximos à Faixa de Gaza e causando um massacre que deixou centenas de mortos, incluindo mulheres e crianças. A resposta de Israel foi imediata, intensificando o conflito e gerando uma onda de condenações internacionais pela escalada da violência no Oriente Médio.