Produção industrial brasileira cai 1,4% em Julho após crescimento em Junho, aponta IBGE

Análise revela alta de 6,1% na comparação anual e crescimento de 3,2% no acumulado do ano; Fiesp destaca recuperação dos bens de capital e consumo duráveis

Por Da Redação com Agência Brasil 04/09/2024 - 11:30 hs
Foto: Divulgação/Volkswagem


Nesta quarta-feira (4), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial brasileira recuou 1,4% em julho, em comparação com o mês anterior. Em junho, a produção havia registrado um crescimento de 4,3%. No entanto, em relação ao mesmo mês do ano passado, a indústria teve um desempenho positivo, com alta de 6,1%. No acumulado de janeiro a julho, o setor apresentou crescimento de 3,2%.

 

 

De acordo com o IBGE, o aumento anual de 6,1% foi impulsionado por resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas analisadas, com crescimento em 21 dos 25 ramos industriais, 60 dos 80 grupos e 67,3% dos 789 produtos pesquisados. Entre os destaques, o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou um crescimento de 26,8%. Produtos químicos também tiveram um desempenho notável, com alta de 10,5%, impulsionada por um aumento na produção de automóveis, caminhões e produtos agrícolas como fertilizantes e inseticidas.

 

Outros setores que se destacaram em julho foram os produtos de metal, com uma alta de 13,9%, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, que cresceram 24,4%, e produtos de borracha e material plástico, com alta de 11,6%. Máquinas e equipamentos também apresentaram um crescimento de 10,8%, enquanto a produção de móveis aumentou em 26,9%, e artigos de couro e calçados cresceram 14,3%.

 

Em uma análise sobre o desempenho da produção industrial, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) destacou que a redução de 1,4% em julho pode ser vista como uma acomodação após o forte crescimento registrado em junho. A Fiesp ressaltou a continuidade da recuperação no grupo de bens de capital e bens de consumo duráveis. A recuperação da confiança empresarial e o aumento da capacidade instalada têm beneficiado os bens de capital, enquanto a expansão da renda das famílias contribui para o bom desempenho dos bens de consumo.

 

A Fiesp manteve sua projeção de crescimento de 2,2% para a produção industrial em 2024.