Exército Israelense divulga Imagens de túnel com corpos de reféns assassinados pelo Hamas

Descoberta em Rafah revela o uso de áreas civis pelo Hamas para atividades terroristas; tensões aumentam com acusações mútuas entre Israel e Hamas

Por Da Redação com Gazeta Brasil 05/09/2024 - 11:19 hs
Foto: Divulgação


O Exército Israelense (IDF) divulgou imagens de um túnel em Rafah, no sul de Gaza, onde foram encontrados os corpos de seis reféns israelenses assassinados pelo Hamas. As vítimas foram identificadas como Hersh Goldberg-Polin, Eden Yerushalmi, Ori Danino, Alex Lobanov, Carmel Gat e Almog Sarusi. O IDF informou que os corpos estavam localizados na entrada de um túnel, em uma área descrita como um "parque infantil", decorada com personagens da Disney e ursos de pelúcia. O exército israelense descreveu isso como uma demonstração do uso cínico de áreas civis pelo Hamas para suas operações terroristas.

 

 

O Ministério da Saúde de Israel confirmou que as vítimas foram executadas por disparos à queima-roupa entre 48 e 72 horas antes de serem encontradas. O túnel estava fortemente protegido por militantes do Hamas e cercado de armadilhas explosivas.

 

Em resposta, o Hamas alegou que os reféns foram mortos por bombardeios israelenses. Izzat al Rishq, membro do escritório político do Hamas, acusou os ataques israelenses pela morte dos prisioneiros. Essas alegações provocaram indignação entre os familiares das vítimas, que responsabilizaram o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por não ter conseguido salvar os reféns e criticaram a falta de um acordo de cessar-fogo com o Hamas.

 

Netanyahu rejeitou as acusações, afirmando que os responsáveis pelos ataques contra reféns não têm interesse em um acordo. Ele reiterou o compromisso do governo israelense em continuar lutando pela libertação dos reféns restantes e garantir a segurança nacional.

 

 

As negociações para um cessar-fogo que permita a liberação dos 97 reféns ainda em Gaza, dos quais cerca de 30 podem estar mortos, têm falhado repetidamente, com os Estados Unidos tentando mediar a trégua.

 

A situação em Israel está cada vez mais tensa, com protestos em Tel Aviv exigindo a assinatura de um acordo de cessar-fogo. Em resposta, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, criticaram os críticos e rejeitaram qualquer "acordo de rendição" com o Hamas.

 

Desde o início do conflito em 7 de outubro do ano passado, após um ataque do Hamas que matou mais de 1.200 pessoas e deixou 251 sequestrados, a ofensiva israelense em Gaza resultou em mais de 40.700 mortos, 94.000 feridos e 1,9 milhão de deslocados, exacerbando a crise humanitária na região.

 

 


O Ministério da Saúde de Israel confirmou que as vítimas foram executadas por disparos à queima-roupa entre 48 e 72 horas antes de serem encontradas. O túnel estava fortemente protegido por militantes do Hamas e cercado de armadilhas explosivas." />