IPCA registra deflação de 0,02% em agosto, a primeira desde junho de 2023
Queda nos preços de alimentos e habitação contribui para o resultado; inflação acumulada do ano fica em 2,85%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação oficial no Brasil, registrou uma deflação de 0,02% em agosto de 2024. Este é o primeiro período de deflação desde junho do ano passado, quando o índice marcou -0,08%. A informação foi divulgada nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em julho de 2024, o IPCA havia registrado uma inflação de 0,38%, e em agosto do ano anterior, a taxa foi de 0,23%. Com o resultado de agosto, o índice acumula uma taxa de 2,85% no ano e uma inflação de 4,24% em 12 meses, abaixo do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
A deflação de agosto foi impulsionada principalmente pelos preços de alimentos, que caíram 0,44%, e pelo grupo de despesas com habitação, que recuou 0,51%. A queda nos preços dos alimentos foi notável, com a alimentação no domicílio apresentando reduções significativas em itens como batata inglesa (-19,04%), tomate (-16,89%) e cebola (-16,85%). O grupo habitação teve sua deflação influenciada pela redução nos preços da energia elétrica, que caiu 2,77%.
Por outro lado, os transportes não apresentaram variação de preços no mês. Seis grupos de despesas mostraram inflação: artigos de residência (0,74%), vestuário (0,39%), saúde e cuidados pessoais (0,25%), despesas pessoais (0,25%), educação (0,73%) e comunicação (0,10%).