MPF e Órgãos Ambientais realizam Inspeção em Barra de Santo Antônio após mortandade de peixes

Análise de água e reunião com pescadores visam esclarecer causas e prevenir futuros incidentes ambientais

Por Resação com informações Ascom MPF 17/09/2024 - 17:21 hs
Foto: Ascom MPF


Na manhã desta terça-feira, 17 de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas, em parceria com o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), realizou uma inspeção no Rio Santo Antônio, em Barra de Santo Antônio. A ação foi motivada por recentes reportagens sobre a mortandade de peixes na região.

 

 

Durante a inspeção, foram coletadas amostras de água de diversos pontos do rio, incluindo áreas de captação para o abastecimento municipal. No entanto, não foram encontrados peixes ou crustáceos mortos no momento da vistoria, o que estava de acordo com as expectativas, uma vez que a mortandade teria ocorrido no sábado, 14 de setembro. As amostras recolhidas serão analisadas para comparação com dados históricos e futuros, com o objetivo de identificar as possíveis causas dos danos ambientais.

 

Após a inspeção, a procuradora Juliana Câmara se reuniu na base do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com servidores do órgão ambiental e com o presidente da Colônia de Pescadores Z-14, Bernardo Costa. Costa relatou dificuldades em localizar exatamente a área da mortandade registrada em imagens nas redes sociais e na imprensa, mas destacou que episódios semelhantes ocorrem quase anualmente, principalmente nos povoados Caiana e Carreiras.

 

 

A procuradora solicitou a Costa que informe aos pescadores sobre a atuação dos órgãos de fiscalização e a importância de reportar rapidamente qualquer nova ocorrência de mortandade de peixes ou crustáceos.

 

“Já identificamos que a degradação do Rio Santo Antônio pode ter múltiplas causas. No entanto, a ocorrência periódica de mortes de peixes na região da foz sugere a presença de eventos atípicos. O conhecimento tradicional dos pescadores, que conhecem bem a região, é crucial para complementar as investigações técnicas e ajudar a identificar os responsáveis por essas ocorrências, possibilitando a recuperação do ambiente”, afirmou Juliana Câmara.

 

O MPF continuará monitorando a situação e aguardará os resultados das análises laboratoriais para tomar as medidas necessárias, caso sejam detectadas irregularidades.