O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou suas preocupações sobre as iniciativas de paz apresentadas por China e Brasil, afirmando que elas buscam minar uma solução diplomática equitativa para a guerra na Ucrânia e favorecer a Rússia. Durante uma entrevista a jornalistas, relatada pela agência Interfax, Zelensky destacou que, no mesmo momento em que Kiev introduziu sua própria Fórmula de Paz, surgiram as propostas sino-brasileiras, que foram analisadas com cuidado por sua equipe.

Zelensky levantou dúvidas sobre a autenticidade dessas iniciativas, insinuando que elas podem ser um esforço para obstruir decisões diplomáticas em favor da justiça. Ele apontou que as propostas carecem de um plano claro e de etapas concretas, oferecendo apenas generalizações que, segundo ele, "sempre escondem algo". O presidente ucraniano rejeitou a ideia de um novo "Minsk 3", afirmando que acordos anteriores não garantiram a paz duradoura e poderiam resultar em um retorno do conflito em uma escala ainda maior.

O líder ucraniano reiterou que a única forma de acabar com a guerra de maneira justa é por meio de seu Plano da Vitória, que delineia passos concretos a serem seguidos por seus aliados estratégicos até o final de dezembro. Ele planeja apresentar esse plano ao presidente dos EUA, Joe Biden, e a outros líderes durante sua viagem a Nova York para a Assembleia Geral da ONU.

Em um contexto relacionado, a União Europeia anunciou um empréstimo de 35 bilhões de euros à Ucrânia, oriundo dos lucros de ativos russos congelados na Europa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, destacou que esse apoio financeiro será integrado diretamente ao orçamento da Ucrânia, sem condições adicionais. Com isso, espera-se que os recursos contribuam para o fortalecimento das forças ucranianas e a reconstrução do país após o conflito.