Netanyahu promete continuar ofensiva de Israel após morte de líder do Hamas

Primeiro-ministro rejeita apelo por cessar-fogo e garante que operações em Gaza e no Líbano seguirão até a libertação de reféns

Foto: ABIR SULTAN/Pool via REUTER


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta sexta-feira (18) que as operações militares de seu país em Gaza e no Líbano continuarão, frustrando expectativas de que a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, pudesse abrir caminho para o fim do conflito. Sinwar, considerado um dos principais arquitetos do ataque de 7 de outubro de 2023, foi morto por tropas israelenses em uma operação no enclave palestino na última quarta-feira (16).

 

 

A morte de Sinwar, embora vista como um marco pelo governo israelense, não trouxe alívio imediato para a escalada de violência. O grupo Hezbollah, baseado no Líbano e apoiado pelo Irã, prometeu intensificar seus ataques contra Israel. O Irã, por sua vez, declarou que a "resistência" será fortalecida pela perda de seu aliado palestino em Gaza, sinalizando que a tensão na região está longe de diminuir.

 

Durante um pronunciamento na noite de quinta-feira, Netanyahu reafirmou o compromisso de Israel em continuar com a ofensiva. "A guerra ainda não terminou", declarou. Ele acrescentou que o objetivo principal é garantir a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e enfraquecer o chamado "eixo do mal", composto por Irã e seus aliados militantes em Gaza, Líbano, Síria, Iraque e Iêmen.

 

Apesar da posição firme de Netanyahu, líderes ocidentais, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enxergaram na morte de Sinwar uma oportunidade para negociações de paz. O Departamento de Estado dos EUA afirmou que a ausência de Sinwar remove um dos principais obstáculos para um cessar-fogo, embora ainda não se saiba se seus sucessores estarão abertos ao diálogo.