A Procuradoria-Geral da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (21) a prisão do ex-ministro de Petróleo e ex-presidente da PDVSA, Pedro Tellechea, junto com seus colaboradores mais próximos. Segundo o comunicado, Tellechea foi detido por supostos "graves delitos" que teriam comprometido "os mais altos interesses da nação". A ação faz parte de uma investigação sobre irregularidades na estatal petrolífera.

Entre as acusações, destaca-se a "entrega do Sistema de Controle e Comando Automatizado" da PDVSA — descrito como o "cérebro" da empresa — a uma companhia controlada pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos. A Procuradoria afirma que essa ação violou os mecanismos legais de proteção à soberania da Venezuela. No entanto, detalhes sobre os outros colaboradores presos com Tellechea ainda não foram divulgados.

Tellechea havia sido nomeado por Nicolás Maduro como presidente da PDVSA em janeiro de 2023 e, pouco depois, assumiu o cargo de ministro do Petróleo, substituindo Tareck El Aissami, que renunciou em meio a um escândalo de corrupção na estatal. A investigação que levou à saída de El Aissami resultou na prisão de mais de 50 pessoas ligadas ao esquema. Em agosto deste ano, Tellechea foi substituído no Ministério do Petróleo por Delcy Rodríguez, vice-presidente executiva da Venezuela.

Após sua saída, Tellechea assumiu o Ministério de Indústrias e Promoção Nacional, cargo que ocupou até a semana passada, quando renunciou alegando motivos de saúde. Em seu lugar, Maduro nomeou o empresário colombiano Alex Saab, acusado de ser o testa de ferro do presidente venezuelano, para liderar a pasta de Indústrias.