MPF e DPU pedem intervenção no Hospital Veredas em Maceió após colapso de serviços

Ação civil pública solicita gestão provisória para garantir funcionamento adequado da unidade que atende pacientes do SUS

Por Redação com informações de MPF/AL 24/10/2024 - 15:00 hs
Foto: Divulgação


O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) ingressaram com uma ação civil pública nesta quinta-feira (24) contra a União, o Estado de Alagoas, o Município de Maceió e o Hospital Veredas. A ação busca a intervenção temporária no hospital, com o objetivo de assegurar a continuidade dos serviços prestados aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), após uma crise que comprometeu o atendimento.

 

 

De acordo com os procuradores da República Roberta Bomfim, Bruno Lamenha e Julia Cadete, e o defensor regional dos direitos humanos Diego Alves, a crise atingiu seu ápice no último dia 14, quando o setor de oncologia pediátrica colapsou devido à falta de medicamentos e à demissão da equipe médica. Como medida emergencial, os pacientes foram transferidos para a Santa Casa de Misericórdia de Maceió, que passou a assumir os casos de oncologia infantil.

 

 

O Hospital Veredas, que deveria atender casos de média e alta complexidade, enfrenta uma grave crise financeira e administrativa, resultando em desabastecimento de insumos e medicamentos essenciais. Além disso, uma inspeção realizada pelo MPF no dia 21 revelou que as alas pediátrica, de maternidade e oncologia estavam desocupadas e fechadas, evidenciando o impacto negativo da situação na assistência aos pacientes do SUS.

 

 

A ação do MPF e da DPU pede que o Município de Maceió decrete a intervenção no Hospital Veredas por um período mínimo de 180 dias, com a gestão provisória conduzida por uma junta interventora composta por representantes da União, do Estado e do Município. A intervenção tem como objetivo reestruturar o hospital e garantir a continuidade dos serviços. A ação também solicita auditorias e relatórios mensais sobre a aplicação dos recursos públicos e uma audiência de conciliação para discutir o futuro da unidade.