Albino Santos Lima, de 42 anos, considerado o maior assassino em série de Alagoas, confessou oito dos dez assassinatos que a polícia acredita terem sido cometidos por ele. Entre as vítimas está a adolescente Ana Beatriz, de 13 anos, morta com um tiro na cabeça em agosto deste ano no bairro do Vergel do Lago, em Maceió. A revelação veio à tona em uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, divulgada no último domingo (17).

Como a Investigação Avançou

Albino, ex-segurança do sistema prisional e filho de um policial militar aposentado, foi preso em 17 de setembro, após imagens capturadas de câmeras de segurança o mostrarem circulando de boné e roupas pretas. A pistola usada no crime foi apreendida e se tornou a peça-chave da investigação. Peritos da Polícia Científica confirmaram que a arma foi utilizada em pelo menos nove outros homicídios.

Outros Casos Ligados ao Serial Killer

Entre as vítimas de Albino, está Emerson Wagner da Silva, um jovem barbeiro de 17 anos, assassinado em junho deste ano no bairro da Ponta Grossa. De acordo com as investigações, Emerson foi morto após seguir Albino, que tentava forçar a porta da casa de sua namorada.

Durante depoimento, Albino confessou ter monitorado suas vítimas por meio das redes sociais e afirmou que elas faziam parte de uma organização criminosa. No entanto, a delegada responsável pelo caso desmentiu essa alegação, afirmando que nenhuma das vítimas tinha envolvimento com facções criminosas. "Das dez vítimas identificadas, três eram homens e sete eram mulheres. As mulheres tinham características físicas semelhantes: morenas, jovens, geralmente com cabelos cacheados, incluindo uma mulher trans com esse perfil", explicou a delegada.

Novas Investigações e Defesa

A polícia também revelou que está reabrindo inquéritos de homicídios ocorridos em 2019 e 2020, com fortes indícios de que Albino possa estar envolvido nesses casos. Por enquanto, ele foi indiciado por homicídio qualificado e outros três crimes.

O advogado de Albino, Geoberto Bernardo de Luna, alegou que seu cliente sofre de problemas mentais. "A cabeça dele é de uma pessoa doente, de um sociopata. Esse vai ser o caminho da minha defesa, visto que ele tem esse direito, mesmo sendo um serial killer", declarou Luna.