Na manhã desta segunda-feira, Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, lançou um alerta contundente sobre a situação no Oriente Médio, afirmando que haverá "um inferno a pagar" caso o Hamas não liberte todos os reféns que ainda estão em Gaza antes de sua posse, marcada para 20 de janeiro de 2025.

Trump já havia exigido previamente que Israel encontrasse uma solução para encerrar a guerra em Gaza antes do início de seu mandato, mas agora intensificou seu tom ao ameaçar uma intervenção direta dos Estados Unidos se suas demandas não forem atendidas. Em uma postagem na plataforma Truth Social, ele expressou sua frustração: “Todos estão falando sobre os reféns que estão sendo mantidos de forma tão violenta e desumana – mas é só conversa, nenhuma ação!”

“Esta mensagem serve como aviso: se os reféns não forem libertados até 20 de janeiro de 2025, haverá UM INFERNO A PAGAR no Oriente Médio para aqueles responsáveis por essas atrocidades”, alertou Trump, prometendo que os culpados enfrentarão consequências mais severas do que qualquer um já enfrentou na história dos Estados Unidos. Ele concluiu com um apelo urgente: “LIBERTEM OS REFÉNS AGORA!”

Novas Mortes Confirmadas e Críticas à Administração Biden

As declarações de Trump surgiram logo após as Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmarem a morte de Omer Neutra, um americano-israelense de 21 anos, durante o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023. Neutra estava entre os 35 corpos ainda retidos em Gaza, além de 62 reféns que permanecem em cativeiro.

A administração Biden, que tentou negociar um acordo de cessar-fogo ao longo do último ano, enfrenta críticas por sua incapacidade de garantir a libertação dos reféns. Com o fim do mandato de Biden se aproximando, a responsabilidade por lidar com o conflito poderá passar para Trump.

O senador Lindsey Graham (Republicano-SC) reforçou a determinação de Trump, afirmando que ele está comprometido em libertar os reféns e apoia um cessar-fogo que inclua um acordo para sua libertação.

Conversas com Netanyahu e Pressão sobre o Hamas

Durante uma recente conversa com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump teria estabelecido um prazo para que Israel encerrasse o conflito: 20 de janeiro de 2025. Ele sugeriu que Israel poderia manter tropas na região após essa data, desde que declarasse oficialmente o fim das hostilidades – uma condição que o Hamas já rejeitou.

A postura de Trump reflete uma abordagem mais assertiva, indicando que a situação no Oriente Médio será uma prioridade em seu governo. Resta saber se suas ameaças serão suficientes para pressionar o Hamas a libertar os reféns e encerrar o conflito.