A inflação anualizada do Brasil subiu de 4,76% em outubro para 4,87% em novembro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 10 de dezembro de 2024. Essa inflação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Metas e Expectativas

A meta de inflação do Brasil para 2024 está fixada em 3%, com uma margem de tolerância que chega a 4,5%. Especialistas financeiros, no entanto, indicam que o país deve descumprir essa meta, o que poderá resultar em uma carta explicativa do Banco Central. A taxa acumulada nos últimos 12 meses até novembro ultrapassa o limite em 0,37 ponto percentual.

Em termos mensais, a inflação de novembro foi de 0,39%, uma queda em relação ao 0,56% registrado em outubro. No acumulado de janeiro a novembro, a alta foi de 4,29%. Apesar da desaceleração em comparação a outubro, a inflação de novembro superou as expectativas dos analistas, que projetavam uma taxa de 0,34%.

Principais Fatores da Alta

Segundo o IBGE, três dos nove grupos analisados contribuíram para a pressão sobre a inflação. O setor de alimentação e bebidas teve o maior impacto, com um aumento de 1,55%, contribuindo com 0,33 ponto percentual para a taxa geral. A inflação dos alimentos consumidos em casa acelerou de 1,22% em outubro para 1,81% em novembro.

Entre os itens que mais influenciaram essa alta estão a alcatra (9,31%), o chã de dentro (8,57%), o contrafilé (7,83%), a costela (7,83%), o óleo de soja (11%) e o café moído (2,33%).